Próprias Palavras

A liberdade está em se ser dono da própria vida. (Platão)

27.11.06

Sessão dupla de brasileiros

Ufa! Muitos acontecimentos no último mês. Tantos, que sequer tenho saco para descrever por aqui o que tenho vivido. Essa ausência de escrever no meu blog talvez seja reflexo desse momento. Não tenho muito a dizer, ou melhor, tenho tanto a dizer que apenas um blog não seria capaz de suportar. Com o tempo vou publicando alguns desses momentos.

O domingo foi “on by myself”. Fiz sessão dupla de cinema e curti minha casa. Nada de amigos, telefones, Orkut’s ou Msn’s. Um dia dedicado à minha pessoa. Às vezes não companhia melhor do que você próprio. Estar sozinho não quer dizer que me sinta só. Sou tantos dentro de mim que me sinto ocupado quase que o tempo todo! Estranho isso...

Hoje vi dois filmes brasileiros. Um bem diferente do outro. O primeiro é uma comédia despretensiosa dirigida por João Falcão. “Fica comigo esta noite” é leve e gostoso. Nada de fazer pensar. Cumpre seu papel com eficiência, além de brindar o público com o talento e, principalmente, a beleza de Alinne Morais. Espero que após “Fica Comigo...” Alinne se arrisque muitas outras vezes no cinema. Vê-la na telona é bem melhor que na televisão.

Sou fã do texto e do ritmo que João Falcão impõe em suas obras. Talvez por isso tenha gostado do filme um pouco mais que o espectador comum. Mas nada que seja uma obra obrigatória para os cinéfilos de plantão.

O outro filme foi “Eu me lembro”, de Edgard Navarro Eu, particularmente, tenho uma queda por filmes nostálgicos, daqueles que falam com saudosismo de uma outra época. Quando falamos então das décadas de 50, 60 e 70 o assunto fica ainda mais interessante. São décadas que falam de sonhos, de um país onde as pessoas ainda tinham uma grande expectativa de mudança.

“Eu me lembro” é um desses filmes nostálgico e para serem saboreados. O único problema é que ele demora a entrar no ritmo. O filme começa leeeeeeeeeento e só pega ritmo mesmo quando o personagem principal chega à adolescência e passa a viver os loucos “anos 70”... aí o filme fica uma delícia e a gente pede para não acabar.

A intenção do filme é muito boa, mas a realização poderia ser bem melhor.