tag:blogger.com,1999:blog-300191522024-03-19T09:38:05.659-03:00Próprias PalavrasA liberdade está em se ser dono da própria vida.
(Platão)Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-42668261951445907982008-07-22T00:12:00.002-03:002008-07-22T00:18:24.091-03:00Provérbio de um vencedorAcabo de voltar de mais um evento de trabalho. Muita gente dizendo que é, muito mais do que na verdade ela é realmente. Uma verdade ode a hipocrisia. Dai vc anda, finge que conhece alguém, dá um abraço apertado, divide a mesma taça de pró-seco, conta um monte de vantagem, e segue em busca da próxima vítima. <br /><br />Infelizmente é assim que as relações sociais se estabelecem. Seja no trabalho ou no convívio diário a maioria se estabelece dessa forma. Lógicamente até a quinta taça de chapanhe. Por que daí pra frente, é só descontração. Ninguém é mais de ninguém, todo mundo fala merda e no dia seguinte você, quando se encontra em qualquer outro lugar finge que nada daquilo aconteceu. Foi culpa da maldita cachaça. rs rs rs. <br /><br />"O verdadeiro vencedor é aquele que transforma as doses de uísque em bons negócios" Fábio Amaral.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-76563243602785600212008-03-11T23:20:00.000-03:002008-03-11T23:28:34.219-03:00Competição é uma merdaNa boa, tô de saco cheio dessa gente que acha que a vida é uma competição. O pior é que os errados acabam sendo nós, que nem preocupados em competir estamos. O problema começa porque o “competidor mor” acha que todo mundo está competindo com ele. Daí ele se convence que precisa chegar na frente, não porque ele quer, mas porque o “mundo” está competindo com ele e daí não o resta outra solução. Ou seja, o competidor se coloca no lugar de vítima e os culpados são os outros. Inversão total de valores, o que já demonstra a falta de coerência desse tipo de indivíduo. <br /><br />O grau de egoísmo dessas pessoas competitivas é tamanho que elas transformam a vida de todos que a cercam num grande campo de batalha. Quando chega nesse ponto fica difícil de conviver. Você não sabe como agir. Não sabe o que falar. Tem que medir as palavras. Tem que se preocupar no que a pessoa irá pensar antes de abrir a boca, do contrário tudo pode e, certamente, será usado contra você. <br /><br />Para não criar conflitos você, e toda turma gente boa que te cerca, decide de uma forma velada fazer a política do “tá tudo bem”. É quase a mesma coisa daquelas pessoas que no meio de uma briga adotam a filosofia do “deixa pra lá”. <br /><br />Quando você adota esse tipo de prática imagina que com o tempo a pessoa irá “se tocar” e mudar de atitude. Vá ver que o mundo não só não está competindo com ela, como na verdade não está nem aí para ela. Mas a “vítima do mundo” jamais enxergaria a questão desse ponto de vista. Para complicar ainda mais ela passa a se achar dona da razão, afinal, concordamos indiretamente com ela ao fazer a política do “tá tudo bem”. Ninguém consegue tirar da sua cabeça que os outros não querem que sua estrela brilhe mais que a dela. <br /><br />Em suma. O tempo passa, você acha que está fazendo um bem ao tentar apaziguar os conflitos, o “competidor mor” continua achando que o vilão da história é você, e no final das contas você já está de saco cheio de tudo isso. Triste fim. <br /><br />Mas pior mesmo é a situação dessas pessoas que acham que o mundo é uma competição. Elas querem ser felizes, se esforçam para isso, compõe todo um cenário que só deveria ajudar, mas no final das contas estão preocupadas com questões tão pequenas que nada acaba indo pra frente.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-32650224182760897082008-03-10T10:29:00.004-03:002008-12-10T22:48:21.372-02:00Segunda é dia de começar.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZWkQaWifJd7Jz1DiCuI-gTgcr310H8EkpI0QT6PCodHJJub9zrNXIQuiON4gi_wk5C5jdyc0LmLxX7SZfPD7HnZbY3uyf3hLXJZHw5pfs6sZJZVzavK-3GO5fpUfIhG85oKyB/s1600-h/malha%C3%A7%C3%A3o.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZWkQaWifJd7Jz1DiCuI-gTgcr310H8EkpI0QT6PCodHJJub9zrNXIQuiON4gi_wk5C5jdyc0LmLxX7SZfPD7HnZbY3uyf3hLXJZHw5pfs6sZJZVzavK-3GO5fpUfIhG85oKyB/s320/malha%C3%A7%C3%A3o.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5176111691281843954" /></a><br />Segunda-feira é dia de começar. Começar a trabalhar, começar a fazer a dieta, começar a programar o final se semana e... começar a malhar! Não é a toa que segunda-feira é um dia considerado chato por dez entre dez brasileiros. Também, o que achar de um dia que vem depois de um sábado e domingo, onde normalmente as pessoas passam se divertindo? Então, podem reclamar à vontade da segunda-feira. <br /><br />Desde a semana passada decidi que preciso me dedicar com afinco à malhação. Já estava matriculado fazia seis meses nessa nova academia, porém não havia ido um dia sequer. Gostei do clima, das pessoas, dos professores e da minha série. Gostar da séria é fundamental para que se consiga ir a academia. Já é ruim você ter que ir a um lugar de que não gosta, agora imagina se for sabendo que irá sofrer muito. <br /><br />Minha maior luta é contra o horário. Estipulei que quero malhar às 7 da manhã. No entanto, não consigo dormir antes da meia noite. Uma briga só. Ontem, por exemplo, acabou o BBB e eu cismei de colocar um dvd pra assistir. Resumo: dormi às 2 da manhã e não consegui acordar às 7. Sendo assim, hoje, excepcionalmente, irei a academia a noite (se Deus quiser e nenhum evento ou a preguiça me atrapalhar). <br /><br />Amanhã eu conto!Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-20218551682774924402008-02-25T09:11:00.004-03:002008-12-10T22:48:21.563-02:00And Oscar goes to...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDfkabbeCsr__ow2RojSgQBKu61qS8nkDAA9aXlBxF5RIZtmYox8VGxmC63xynYF78_MulAM18VVdmvXXRZqVc7be_CuEl5zznL_lTDcTs3KcSJDK4Bqc9C0iUppCzvyNECDil/s1600-h/oscar.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDfkabbeCsr__ow2RojSgQBKu61qS8nkDAA9aXlBxF5RIZtmYox8VGxmC63xynYF78_MulAM18VVdmvXXRZqVc7be_CuEl5zznL_lTDcTs3KcSJDK4Bqc9C0iUppCzvyNECDil/s320/oscar.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5170896782856311106" /></a><br />Ontem foi a tão esperada noite do Oscar, e eu, para variar, não consegui assistir a todos os concorrentes de melhor filme. Pelo menos reservei meu final de tarde de domingo para ver "Onde os Fracos Não Têm Vez", o grande vencedor da noite. Gostei muito do filme, em um estilo como não via há tempos. Me lembrei muito da minha amiga Ana Paula Maia. O roteiro é bem parecido com os textos que ela escreve. Divertido e mórbido. Publico a lista dos vencedores e concorrentes abaixo para não esquecer de ver nenhum. <br /><br /><strong>Melhor Filme</strong><br /><br />‘Desejo e Reparação’ <br />‘Juno’ <br />‘Conduta de Risco’ <br /><strong>‘Onde os Fracos Não Tem Vez’</strong> <br />‘Sangue Negro’ <br /><br /><strong>Melhor Diretor</strong><br /><br />Paul Thomas Anderson, por ‘Sangue Negro’ <br /><strong>Ethan e Joel Coen, por ‘Onde os Fracos Não Tem Vez’</strong> <br />Tony Gilroy, por ‘Conduta de Risco’ <br />Jason Reitman, por ‘Juno’ <br />Julian Schnabel, por ‘O Escafandro e a Borboleta’ <br /><br /><strong>Melhor Ator</strong><br /><br />George Clooney, por ‘Conduta de Risco’ <br /><strong>Daniel Day-Lewis, por ‘Sangue Negro’ </strong><br />Johnny Depp, por ‘Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet’ <br />Tommy Lee Jones, por ‘No Vale das Sombras’ <br />Viggo Mortensen, por ‘Senhores do Crime’ <br /><br /><strong>Melhor Atriz</strong><br /><br />Cate Blanchett, por ‘Elizabeth: A Era de Ouro’ <br />Julie Christie, por ‘Longe Dela’ <br /><strong>Marion Cotillard, por ‘Piaf: Um Hino ao Amor’</strong> <br />Laura Linney, por ‘A Família Savage’ <br />Ellen Page, por ‘Juno’ <br /><br /><strong>Melhor Ator Coadjuvante</strong><br /><br />Casey Affleck, por ‘O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford’ <br /><strong>Javier Barden, por ‘Onde os Fracos Não Tem Vez’</strong> <br />Philip Seymour Hoffman, por ‘Jogos do Poder’ <br />Hal Holbrook, por ‘Natureza Selvagem’ <br />Tom Wilkinson, por ‘Conduta de Risco’ <br /><br /><strong>Melhor Atriz Coadjuvante</strong><br /><br />Cate Blanchett, por ‘Eu Não Estou Aqui’ <br />Ruby Dee, por ‘O Gângster’ <br />Saoirse Ronan, por ‘Desejo e Reparação’ <br />Amy Ryan, por ‘Medo da Verdade’ <br /><strong>Tilda Swinton, por ‘Conduta de Risco’ </strong><br /><br /><strong>Melhor Roteiro Original</strong><br /><br /><strong>Diablo Cody, por ‘Juno’ </strong>Nancy Oliver, por ‘Lars and the Real Girl’ <br />Tony Gilroy, por ‘Conduta de Risco’ <br />Brad Bird, por ‘Ratatouille’ <br />Tamara Jenkins, por ‘A Família Savage’ <br /><br /><strong>Melhor Roteiro Adaptado</strong><br /><br />Christopher Hampton, por ‘Desejo e Reparação’ <br />Sarah Polley, por ‘Longe Dela’ <br />Ronald Harwood, por ‘O Escafandro e a Borboleta’ <br /><strong>Ethan e Joel Coen, por ‘Onde os Fracos Não Têm Vez’ </strong><br />Paul Thomas Anderson, por ‘Sangue Negro’ <br /><br /><strong>Melhor Filme Estrangeiro</strong><br /><br />‘Beauford’, de Israel <br /><strong>‘The Counterfeiters’, da Áustria </strong>‘12′, da Rússia <br />‘Mongol’, do Cazaquistão <br />‘Armadilha’, da Sérvia <br /><br /><strong>Melhor Animação</strong><br /><br />‘Persépolis’ <br /><strong>‘Ratatouille’ </strong><br />‘Tá Dando Onda’ <br /><br /><strong>Melhor Fotografia</strong><br /><br />‘O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford’ <br />‘Desejo e Reparação’ <br />‘Onde os Fracos Não Têm Vez’ <br />‘O Escafandro e a Borboleta’ <br /><strong>‘Sangue Negro’ </strong><br /><br /><strong>Melhor Edição</strong><br /><br /><strong>‘Ultimato Bourne’ </strong><br />‘O Escafandro e a Borboleta’ <br />‘Na Natureza Selvagem’ <br />‘Onde os Fracos Não Têm Vez’ <br />‘Sangue Negro’ <br /><br /><strong>Melhor Direção de Arte</strong><br /><br />‘O Gângster’ <br />‘Desejo e Reparação’ <br />‘A Bússola de Ouro’ <br /><strong>‘Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet’ </strong><br />‘Sangue Negro’ <br /><br /><strong>Melhor Figurino</strong><br /><br />‘Across The Universe’ <br />‘Desejo e Reparação’ <br /><strong>‘Elizabeth: A Era de Ouro’ </strong><br />‘Piaf: Um Hino ao Amor’ <br />‘Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet’ <br /><br /><strong>Melhor Maquiagem</strong><br /><br /><strong>‘Piaf: Um Hino ao Amor’ </strong><br />‘Norbit’ <br />‘Piratas do Caribe: No Fim do Mundo’ <br /><br /><strong>Melhor Trilha Sonora</strong><br /><br /><strong>‘Desejo e Reparação’ </strong><br />‘Na Natureza Selvagem’ <br />‘Conduta de Risco’ <br />‘Ratatouille’ <br />‘Os Indomáveis’ <br /><br /><strong>Melhor Canção</strong><br /><br />Raise it Up, de ‘O Som do Coração’ <br />Happy Working Song, de ‘Encantada’ <br />So Close, de ‘Encantada’ <br />That’s How You Know, de ‘Encantada’ <br /><strong>Falling Slowly, de ‘Once’</strong> <br /><br /><strong>Melhor Som</strong><br /><br /><strong>‘O Ultimato Bourne’ </strong><br />‘Onde os Fracos não Têm Vez’ <br />‘Ratatouille’ <br />‘Os Indomáveis’ <br />‘Transformers’ <br /><br /><strong>Melhor Edição de Som</strong><br /><br /><strong>‘O Ultimato Bourne’ </strong><br />‘Onde os Fracos não têm Vez’ <br />‘Ratatouille’ <br />‘Sangue Negro’ <br /><br /><strong>Melhores Efeitos Visuais</strong><br /><br /><strong>‘A Bússola de Ouro’ </strong><br />‘Piratas do Caribe: no Fim do Mundo’ <br />‘Transformers’ <br /><br /><strong>Melhor Documentário</strong><br /><br />‘No End in Sight’ <br />‘Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience’ <br />‘S.O.S Saúde’ <br />‘<strong>Taxi to the Dark Side’ </strong><br />‘War Dance’<br /> <br /><strong>Melhor Curta-Metragem</strong><br /><br />‘At Night’ <br />‘Il Supplente’ <br /><strong>‘Le Mozart des Pickpockets’</strong> <br />‘Tanghi argentini’ <br />‘The Tonto Woman’ <br /><br /><strong>Melhor Documentário em Curta-Metragem</strong><br /><br /><strong>‘Freeheld’ </strong><br />‘La Corona’ <br />‘Salim Baba’ <br />‘Sari’s Mother’ <br /><br /><strong>Melhor Animação em Curta-Metragem</strong><br /><br />‘Même les Pigeons Vont au Paradis’ <br />‘I Met the Walrus’ <br />‘Madame Tutli-Putli’ <br />‘Moya Lyubov’ <br /><strong>‘Peter and the Wolf’ </strong>Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-10398640862964129422008-02-22T21:34:00.005-03:002008-12-10T22:48:25.000-02:00OSCAR 2008<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIKF_hO7JLyKms4I7CtcE_ge1Ierk6VZ4QYC0L8EvmuKv1U2j96Nydb7WIMr2qgfsQBURBqRrN4Iii4p-penldgdQIAnL-Vw5E-6-sq_xm8xfwtETOqUladlgYW3cROyyLJGZ7/s1600-h/Juno.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIKF_hO7JLyKms4I7CtcE_ge1Ierk6VZ4QYC0L8EvmuKv1U2j96Nydb7WIMr2qgfsQBURBqRrN4Iii4p-penldgdQIAnL-Vw5E-6-sq_xm8xfwtETOqUladlgYW3cROyyLJGZ7/s320/Juno.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5169969976158474514" /></a>Contagem regressiva para Oscar desse ano. Dos cinco concorrentes ainda falta assitir a três filmes: Sangue Negro (o favorito), Conduta de Risco e Onde os Fracos não têm vez. <br />Já fiz uma promação intensa para conseguir cumprir a meta até domingo. Os outros dois concorrentes, <strong>Juno </strong>e Desejo e Reparação assisti durante a semana. O primeiro começou dando indício de ser mais um filme adolescente independente com um roteiro levemente fora do padrão. Porém a partir da segunda metade o filme ganha fôlego e surpreende. Acho difícil ganhar, já que nem A Pequena Miss Sunshine, que é infinitamente melhor, conseguiu tal proeza. De qualquer maneira, vale também a indicação da jovem Ellen Page. A menina é simplesmente deliciosa em cena. <br /><strong>Desejo e Reparação </strong>também não deve levar a estatueta. Eu pelo menos não daria o Oscar para o filme. É legalzinho, tem um roteiro interessante, mas não passa disso. Nada demais!Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-68285203518085623392007-04-08T02:02:00.000-03:002008-12-10T22:48:25.311-02:00Bate-Papo: Paulo Gustavo<em><strong>Quem é o cara por trás da dona de casa que é a sensação da temporada teatral carioca</strong></em><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiphxL3u7LqDO2GGwHuwHO7-01JLSeAXtQsL0E1Q0uIAHXMFL7Q4oPKakstNeRwUn-cbpjg2FMDomqZBR7nLzvdWlaCCmNyOX7GKS7kjehFc9Ly5m5ju7n9s0KFaG_7G80M51m7/s1600-h/t-rj-minhamaeeumapeca_r.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiphxL3u7LqDO2GGwHuwHO7-01JLSeAXtQsL0E1Q0uIAHXMFL7Q4oPKakstNeRwUn-cbpjg2FMDomqZBR7nLzvdWlaCCmNyOX7GKS7kjehFc9Ly5m5ju7n9s0KFaG_7G80M51m7/s320/t-rj-minhamaeeumapeca_r.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5050920578267175922" /></a><br /><br /><em>- Me vê por favor um café! Não, não, me dá um suco e um sanduíche natural. Não, faz o seguinte, me dá o café, um sanduíche e uma água. Olá querido, tudo bom? Vai assistir a peça hoje, né? E aí menina, tudo bom? Você tá namorando? Essa menina da bilheteria é a mais bonita de todas. </em><br /><br />Paulo Gustavo é assim, agitado. Fala de tudo e com todos ao mesmo tempo. A rapidez com que se comunica não atrapalha a pontuação perfeita das frases. Tudo acompanhado de muitos gestos. Segundo o próprio, talvez esta energia seja a única semelhança que o aproxima com a personagem Dona Hermínia que interpreta no espetáculo “Minha Mãe é uma Peça”. <br /><br />Há quase um ano em cartaz, a peça é um sucesso absoluto tanto de público quanto de crítica. Assim como aconteceu com outros espetáculos do gênero besteirol, “Minha Mãe...” começou no pequeno teatro Cândido Mendes e depois do boca-a-boca favorável alçou vôos maiores e agora está na suntuosa Sala Fernanda Montenegro, no Teatro Leblon – endereço na Zona Sul do Rio cobiçado pelos grandes espetáculos. Apesar de Paulo afirmar ser uma pessoa inquieta e que não consegue ficar muito tempo fazendo a mesma coisa, a peça certamente terá vida longa. Do Leblon ela segue para o Teatro Miguel Falabella, em seguida Niterói e depois rodará o Brasil. <br /><br />Nosso bate-papo aconteceu num café ao lado do teatro. Pontual, Paulo chegou às 19h. conforme o combinado. Carregando uma mochila nas costas, sentou-se só depois de cumprimentar um monte de gente no hall. A conversa foi relativamente rápida, pois antes de entrar em cena a personagem exige maquiagem e preparação vocal específica. Não é à toa que sua interpretação lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Shell desse ano. Mesmo com sessões esgotadas, filas na porta do teatro e engarrafamento de vans trazendo senhoras de todo o Rio de Janeiro a peça continua sem patrocínio. É a dura realidade do teatro brasileiro. <br /><br /><strong>Quem é a Dona Hermínia? Ela é uma mãe moradora de Ipanema ou do subúrbio carioca?</strong><br />Eu não sei onde a D. Hermínia mora. (risos). Mas não é em Ipanema. Ipanema é um bairro mais nobre, né? Essa mãe é um pouco. Um pouco não, ela é bem suburbana. Quer dizer, ela não é suburbana. É até engraçado, porque nunca falei muito sobre isso. É chato falar que só porque a pessoa é histérica, doida e maluca jogam logo pro suburbano. Existem “donas Hermínias” em Ipanema e no Leblon. Ela é bem escrachada, ela é estridente, doida. Mas ela é como toda mãe é nos momentos de loucura. Mesmo uma mãe muito centrada é só o filho ficar um dia sem ligar que ela já fica “volta agora, volta agora”. Ela é doida nesse sentido. Mas não acho que seja suburbana, embora ache que ela vai fazer muito sucesso no teatro Miguel Falabella, na Zona Norte. <br /><br /><strong>A peça te exige uma mudança completa no timbre da voz, com uma rouquidão que deve ser difícil de manter. Como você faz? </strong><br />Minha voz é da Rose Gonçalves. É ela quem cuida. Tem que beber muita água e evitar falar muito no telefone. Todo mundo fica bobo quando a peça acaba e me vê falando normalmente. Tem dia que acabo o espetáculo e estou meio que gritando. Quando acabo e vou agradecer ao público, falo com outra voz e as pessoas ficam pensando “mas ele tava rouco agora há pouco!”. <br /><br /><strong>O que você tem de Dona Hermínia na sua personalidade?</strong><br />Eu não tenho nada a ver com a Dona Hermínia. Só a hiper-atividade dela. A energia. Já a minha mãe é totalmente Dona Hermínia. <br /><br /><strong>Sua mãe é muito participativa da sua vida? O que ela achou de se ver no palco?</strong><br />Ela é. Ela me perturba (risos). Minha mãe adora a peça. Ela sempre dá um jeito das pessoas saberem que é ela. Ela diz assim “Meu filho, é meu filho... ”. Alguma coisa ela tem que fazer pra chamar a atenção. <br /><br /><strong>“Minha Mãe é uma Peça” foi escrito por você para ser um esquete. Quando virou um monólogo com mais de uma hora? </strong><br />Antes de me formar na CAL fiz uma participação na peça Surto, onde entrava com essa personagem da mãe. Entrei para fazer um final de semana e fiquei cinco meses. Depois me formei e montei uma peça chamada Infraturas, escrito pelo Fábio Porchat e dirigido pela Malu Valle. Ficamos em cartaz 8 meses. Quando acabou fiquei sem ter o que fazer e as pessoas começaram a dizer para eu aumentar o texto da mãe. Comecei a observar o dia-a-dia das donas de casa e da minha mãe, que me inspirou bastante. Daí escrevi “Minha Mãe é uma Peça”. <br /><br /><strong>A estrutura familiar da peça também foi inspirada na sua vida? </strong><br />Não é idêntica porque lá em casa sou eu e minha irmã. E minha mãe adora a minha madrasta, que, aliás, não é novinha como a da peça. <br /><br /><strong>Com todo o sucesso do espetáculo, com a indicação para o Prêmio Shell, o que espera daqui pra frente?</strong><br />As pessoas me perguntam “e agora, qual é a próxima peça?”. Daí eu digo: “calma, acabei de estrear, a peça ainda tá fazendo sucesso”. Não sei se agüentaria ficar quatro anos com ela. Primeiro porque é monólogo e segundo porque sou um cara hiper ativo. Já estou vendo um espetáculo de Molière, mas vou esperar um pouquinho, porque fazer sucesso no teatro é tão difícil, então estou agradecendo a Deus todos os dias e fazendo a peça com o maior prazer. Quero viajar com ela. Já recebi vários convites de ir para Portugal, Brasília, São Paulo. Vou para todos esses lugares, curtir bastante e depois volto com outra peça. <br /><br /><strong>Você ficou com medo de cair na caricatura e fazer da Dona Hermínia uma Drag Queen do tipo Rose Bombom ou Suzi Brazil? </strong>A<br />doro Rose Bombom (risos). Cair na caricatura sempre cai, porque é um homem fazendo mulher, então já é uma caricatura. Não tem como fugir. Mas eu procurei junto com o João Fonseca (diretor do espetáculo) fazer com que a coisa ficasse o menor possível para ficar bem natural. Fizemos isso justamente pra não virar uma drag queen no palco. O João foi quem me dirigiu e sou muito grato por isso, porque ele é um puta diretor, um cara supersensível. Fiquei apaixonado pelo trabalho dele e meu próximo trabalho é ele que vai dirigir de novo. <br />Todo mundo me fala que começa a ver a peça e depois de 15 minutos esquecem que sou eu e vê uma mãe, uma mulher. Acho que é porque faço de uma forma bem sutil e leve. Tento ao máximo deixar essa mulher entrar em mim. <br /><br /><strong>Você começou a fazer teatro já depois de adulto, com 24, 25 anos. Como foi esse processo?</strong><br />Comecei um pouco tarde. Tinha feito teatro em 1996 em Niterói, onde moro, num curso de extensão dentro da UFF com a Alice carvalho. Fiz um ano e pouco. Lá era mais teórico do que prático. Depois me desliguei um pouco. Fiz turismo na Facha, fui morar em NY, onde trabalhei como garçom daí voltei e resolvi entrar na CAL. A CAL mudou minha vida. Não pensei em outra coisa.<br /><br /><strong>Mas de onde veio a idéia de fazer turismo?</strong><br />Eu sou um cara que gosto de viajar. Na faculdade de turismo tem um curso ótimo de ambientação florestal. Me interesso muito em entrar no Jardim Botânico, por exemplo, e conhecer as árvores. Eu sou meio esquisito. Ao mesmo tempo que amo teatro, adoro o Egito, estudar umas coisas tipo Faraó, sei lá. Me interesso por essas coisas. Adoro ver esses programas na TV. Discovery é meu canal preferido. Mas a minha profissão, que amo mesmo, é o teatro. Pretendo viver disso. <br /><br /><strong>E essa história de que as pessoas acham a foto da personagem no cartaz parecida com a Marieta Severo? </strong><br />Isso é engraçado. Tem gente que acha que é a Marieta Severo que faz a peça por causa da foto no cartaz. A gente tem o queixo igual e aquela coisa dos bobes no cabelo fica a cara da Nenê da Grande Família. Outro dia a Marieta estava aqui no teatro e eu falei pra ela que estava fazendo sucesso por causa dela. Daí fui mostrar o cartaz e rimos muito. <br /><br /><strong>Você não veio de uma família de atores. Pra você foi difícil entrar nesse metiêr? </strong><br />Minha família não tem atores. Tem artistas. Minha mãe é cantora, meu tio é pintor, minha tia é escultura. Teatro é complicado como toda profissão. Mas no teatro e no cinema existe aquela coisa que falam de teste. Isso é a maior mentira. Não existe teste. As pessoas fazem uma peça e convidam quem elas querem. Ou então você me conhece, eu te indico, você faz um teste e o cara gosta. Eu acabei conquistando isso sozinho, só mesmo com o sucesso da peça. <br /><br /><strong>Você já teve algumas participações na televisão. Este é um veículo que te atrai?</strong><br />Acabei de fechar contrato para fazer o “Sítio do Pica Pau Amarelo” e no passado já gravei vários programas e pilotos. É um veículo diferente. Me atrai, mas é totalmente diferente do teatro. Quando cheguei fiquei com um pouco de dificuldade. Depois fui relaxando. A primeira coisa que fiz na TV foi o “Zorra Total”, que gravei com o Shermann (Maurício, diretor). Ele já tinha visto a minha peça então já me conhecia e eu cheguei lá mais tranqüilo. Depois gravei com o Alvarenga (José Alvarenga Júnior, diretor) que também assistiu a minha peça, gostou e me chamou para fazer “A Diarista” e “Minha Nada Mole Vida”. Eu gosto de televisão. <br />Cinema eu tive o meu primeiro contato agora no filme do Jorge Fernando que chama “A Guerra dos Rocha”. Mas o meu papel se você espirrar não vê. É curto, mas foi ótimo pra conhecer.<br /><br /><strong>O que rende uma boa história, que faça as pessoas rirem?</strong><br />Eu tenho uma coisa que estou escrevendo, mas não posso falar agora. É uma idéia tão boa que tenho medo de falar. Sempre fico pensando muito na platéia. O que vou fazer no palco e que vai fazer as pessoas ficarem entretidas durante uma hora? No caso, dei sorte com a mãe, porque ela é comédia, que é mais bem vinda que qualquer outro estilo de teatro. Mas na peça também falo da solidão, porque a mãe está sempre sozinha. <br /><br /><strong>Você é um cara jovem e que costuma sair muito. É na rua que recolhe boas histórias?</strong><br />É. Sou uma pessoa que não consigo dormir. Sou muito agitado. O pior é que agora estou vindo morar no Leblon e já estou até com medo, porque eu não vou agüentar ficar em casa. Livraria aberta até 5 manhã? A-D-O-R-O!!!Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-87844524815793215102007-03-02T01:31:00.000-03:002007-03-02T01:32:02.163-03:00Feliz Ano NovoAgora sim o ano começou. Feliz Ano Novo a todos! 2007 promete...Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-33893316035886710212007-02-23T17:46:00.000-02:002007-02-23T17:53:57.274-02:00Um carnaval diferente!Pausa no início de ano agitado para quatro dias merecidos de carnaval. Bem diferente daquele que passou, não houve tanta agitação este ano. Parti rumo a Vassouras no sábado de carnaval e voltei na terça-feira, já que quarta teria que trabalhar em Angra. Mas confesso que foi um dos melhores carnavais que passei em toda minha vida. Primeiro pelas companhias (uma em especial) e em segundo pelo contexto em que se deu meus dias de folia.<br /><br />Promovi dois churrascos na minha casa e fui até a casa de meus primos participar de outros. Minha família é realmente maravilhosa. As vezes barulhenta outras silenciosas, nos entendemos de forma direta e indireta. As vezes preciso transmitir tudo em palavra para que fique bem explicado. Em outros momentos só de olhar ou perceber um movimento já se entende tudo.<br />Senti falta da presença de meu pai. Ele era a figura que mais gostava de toda essa festa. Talvez por isso nem mesmo sua ausência tirou o brilho do carnaval, pois sei que ele seria o primeiro a abrir uma garrafa de cerveja e festejar. Ele era um dos que compreendia tudo sem ter que falar uma só palavra. E o melhor: não fazia julgamentos. O que importava para ele era apenas o estado de felicidade do outro. “Ta feliz? Então ta bom!”, essa era uma frase típica dele.<br />Obrigado mamãe, papai, tia Nilza, Rafael, Neuzinha, Neila e todos outros que fizeram do meu carnaval uma grande festa.<br /><br />Ps: Mas não pensem que me aposentei das escolas de samba. Ano que vem estarei firme e forte na Sapucaí. Se Deus quiser com as mesmas companhias...Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-34798499731890534342007-02-06T18:35:00.000-02:002007-02-06T18:49:56.025-02:00Domingo de ChicoConsegui comprar ingresso para o show do Chico no próximo domingo. Nem acredito! De quebra ainda terei companhias maravilhosas. Depois conto.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-70597414224359186432007-02-06T18:20:00.000-02:002007-02-06T18:28:14.330-02:00Angra dos Reis: a verdadeira cidade partidaUm mês e meio em Angra. A trabalho. A rotina é cansativa, mas o desafio é entusiasmante. Aqui não tem muito coisa a se fazer a não ser trabalhar. Quem mora na cidade parece não ter muita opção para se divertir. Em compensação, para quem tem dinheiro (ou melhor, muito dinheiro) Angra é um verdadeiro paraíso. Praias desertas, ilhas maravilhosas, deliciosos passeios de lancha, restaurantes em alto mar chiquérrimos e festinhas privês de alto nível. Mas lembrando: isso é privilégio apenas dos milionários.<br /><br />Quando Zuenir chamou o Rio de Janeiro de cidade partida, certamente não havia conhecido Angra dos Reis. Aqui é literalmente uma cidade partida. Partida pelo mar. De um lado, no continente, os descamisados, sem opção de lazer e com pouco dinheiro. Do outro lado, iates que custam uma fortuna.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1164596241609279842006-11-27T00:46:00.000-02:002006-11-27T00:57:21.620-02:00Sessão dupla de brasileirosUfa! Muitos acontecimentos no último mês. Tantos, que sequer tenho saco para descrever por aqui o que tenho vivido. Essa ausência de escrever no meu blog talvez seja reflexo desse momento. Não tenho muito a dizer, ou melhor, tenho tanto a dizer que apenas um blog não seria capaz de suportar. Com o tempo vou publicando alguns desses momentos.<br /><br />O domingo foi “on by myself”. Fiz sessão dupla de cinema e curti minha casa. Nada de amigos, telefones, Orkut’s ou Msn’s. Um dia dedicado à minha pessoa. Às vezes não companhia melhor do que você próprio. Estar sozinho não quer dizer que me sinta só. Sou tantos dentro de mim que me sinto ocupado quase que o tempo todo! Estranho isso...<br /><br />Hoje vi dois filmes brasileiros. Um bem diferente do outro. O primeiro é uma comédia despretensiosa dirigida por João Falcão. “Fica comigo esta noite” é leve e gostoso. Nada de fazer pensar. Cumpre seu papel com eficiência, além de brindar o público com o talento e, principalmente, a beleza de Alinne Morais. Espero que após “Fica Comigo...” Alinne se arrisque muitas outras vezes no cinema. Vê-la na telona é bem melhor que na televisão. <br /><br />Sou fã do texto e do ritmo que João Falcão impõe em suas obras. Talvez por isso tenha gostado do filme um pouco mais que o espectador comum. Mas nada que seja uma obra obrigatória para os cinéfilos de plantão.<br /><br />O outro filme foi “Eu me lembro”, de Edgard Navarro Eu, particularmente, tenho uma queda por filmes nostálgicos, daqueles que falam com saudosismo de uma outra época. Quando falamos então das décadas de 50, 60 e 70 o assunto fica ainda mais interessante. São décadas que falam de sonhos, de um país onde as pessoas ainda tinham uma grande expectativa de mudança.<br /><br />“Eu me lembro” é um desses filmes nostálgico e para serem saboreados. O único problema é que ele demora a entrar no ritmo. O filme começa leeeeeeeeeento e só pega ritmo mesmo quando o personagem principal chega à adolescência e passa a viver os loucos “anos 70”... aí o filme fica uma delícia e a gente pede para não acabar.<br /><br />A intenção do filme é muito boa, mas a realização poderia ser bem melhor.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1160971755562713522006-10-16T01:08:00.000-03:002006-10-16T01:09:15.576-03:00CosmosAcabo de ler a entrevista de Gabeira no Globo de hoje e concordo em parte. Estou com ele quando diz que não tem em quem votar, mas não concordo com a justificativa que dá para Alckmin.<br />- Dificilmente um homem do interior tem o nível de cosmopolitismo necessário para entender esse processo e reagir a ele – disse Gabeira.<br />Como um bom homem do interior não poderia concordar jamais com tal afirmativa. Gabeira é um homem inteligente, um político brilhante, mas pisou na bola. Acho que faltou uma assessoria por perto!Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1160971434526335802006-10-16T01:03:00.000-03:002006-10-16T01:03:54.536-03:00ParanóiasAnsiedade e tensão. É assim que tenho me sentido nos últimos dias. Não cheguei a comentar aqui no blog, mas estamos, digo estamos porque falo em nome da Minas de Idéias, divulgando a terceira edição da Festa Internacional de Teatro de Angra – FITA. O evento é bem bacana e trabalhar nele tem sido desafiador.<br /><br />A ansiedade e tensão que me refiro no início do texto é em função da coletiva de imprensa que marcamos para a próxima terça-feira, amanhã. Convidamos artistas, autoridades e jornalistas. O principal medo é que algum desses três segmentos não dê às caras e nossa coletiva seja um fracasso. Fora isso, também temos medo que o auditório da Modern Sound, que tem capacidade para 55 pessoas, fique lotado e não consigamos fazer um evento legal.<br /><br />Isso sem contar naqueles medos ridículos, como por exemplo o buffet estar estragado e os convidados terem uma infecção intestinal, ou então acabar dormindo demais e não conseguir acordar no horário, despertando só no meio do dia. Ainda tem aquelas paranóias mais ridículas ainda, como perceber no meio do evento que estou sem calça (pesadelo de adolescente) ou que um enorme tesão faça meu pênis ficar erétil durante todo o acontecimento, chamando a atenção de todos os convidados. Nossa, a mente humana é realmente fértil!!! Rs.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1160970881863285042006-10-16T00:54:00.000-03:002006-10-16T00:54:41.876-03:00Só Jesus salvaEstou numa sinuca de bico. Realmente não sei o que fazer com o meu voto. Não sou adepto do voto nulo ou em branco, mas na situação atual da política brasileira definitivamente não sei qual a melhor opção.<br /><br />Não posso votar em Lula, pois isso significa aceitar toda a roubalheira que se instalou no poder. Ao mesmo tempo não posso votar em Alckmin, pois isso significa aceitar um plano de governo do qual não compartilho e que já nos submetemos por longos anos.<br /><br />Ó dúvida cruel, fazer o quê nesse momento!!! No primeiro turno ainda tinha a opção de Heloísa Helena... agora me sinto só.<br /><br />Enquanto isso, em meu sofrido estado, o Rio de Janeiro, não consigo enxergar um final feliz para a nossa querida Denise Frossard. Uma sucessão de erros durante o segundo turno da campanha, somado a um Sérgio Cabral avassalador, fazendo parcerias e maracutaias com candidatos de diversos segmentos e crédulos, me apontam um final nada feliz.<br /><br />Prevejo mais quatro anos de sofrimento para o nosso país e para o nosso estado. Que os Deuses nos protejam.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1160362662713980522006-10-08T23:56:00.000-03:002006-10-08T23:58:39.823-03:00Infindável D.R.Há quem não goste de discutir a relação, mas, convenhamos, existe conversa mais estimulante e que nos faz não ter vontade de parar de falar do que uma boa discussão com seu par romântico? Que atire a primeira pedra aquele que nunca ficou horas a fio discutindo um assunto que ambos sabem que não terá uma conclusão. Domingos Oliveira é craque na reprodução desses diálogos tragicômicos. Costumo dizer que ele é o nosso Woody Allen. Um autor que fala dos sentimentos humanos de forma universal e que trás todas as situações clichês sem parecer clichê.<br /><br />Fui assistir a última apresentação da peça <strong>Largando o Escritório</strong>, do meu ídolo mor Domingos Oliveira. Tudo aquilo que vemos em todos os textos, peças e filmes de Domingos estão lá, inclusive com os mesmos atores (Priscilla Rozenbaum, Marcello Escorel, Dedina Bernardelli, Ricardo Kosovski e, lógico, Domingos Oliveira) Uma infindável D.R. (Discutir a relação), como definiu um amigo.<br /><br />Ainda não havia visitado o Centro Cultural da Caixa na Avenida Almirante Tamandaré. O lugar é lindo, tem dois espaços destinados à exposição, um teatro de arena pequeno, porém bem dividido (coisa rara) e ainda falta inaugurar a livraria e um café. Não deve nada a qualquer outro centro cultural da cidade. Aliás, se os centros culturais se reproduzissem na mesma proporção que as igrejas universais, a cultura brasileira estaria muito melhor.<br /><br /><strong>Largando o Escritório</strong> é mais um texto para ser deliciado, com humor oras escrachado, oras sutil, com momentos dramáticos e reviravoltas românticas divertidas. Quem não conseguir assistir à peça pode esperar um pouquinho, pois assim como Domingos fez com Separações irá transformar Largando o Escritório em filme.<br /><br />Certamente mais um filme delicioso e com a marca Domingos Oliveira.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1160018058850101172006-10-05T00:14:00.000-03:002006-10-05T00:18:02.863-03:00FESTIVAL DO RIO (7ª PARTE)Esvaziamento<br /><br />Não sei se foi impressão minha ou se de fato o Festival de Cinema desse ano está mais vazio. Cadê aquelas filas imensas para comprar ingresso? E o burburinho antes e depois das sessões? Me recordo de há alguns anos chegar a poucos minutos do filme e não conseguir ingresso, enquanto esse ano não presenciei nenhuma sessão lotada. Sempre cabia mais um. A sensação é a de que aumento o número de filmes, o número de eventos, palestras, encontros, festas e no entanto o público é o mesmo. Talvez seja o preço alto dos ingressos. Tinha gente reclamando que sempre pagou quatro ou cinco reais no Cine Palácio e que durante o festival teve que pagar seis e cinqüenta. Assim não dá!Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1160018021489600822006-10-05T00:13:00.000-03:002006-10-05T00:17:31.353-03:00FESTIVAL DO RIO (6ª PARTE)<strong><span style="font-size:130%;">Documentário revelação</span></strong><br /><br />A maior surpresa entre os documentários que assisti foi “As Filhas da Chiquita”. O filme é de uma diretora iniciante de Belém do Pará (Priscilla Brasil) e fala sobre uma festa de mesmo nome que acontece paralelamente ao Círio de Nazaré. Ela conseguiu dar uma abordagem divertida a um tema que também não teria como ser diferente. Um bando de gays divertidíssimos que se reúnem em meio a maior festa religiosa do norte do país. Priscila vai além do oba-oba e entrevistas pontos de vista divergentes, como o padre radical e uma senhora nazista. O que torna o filme ainda mais divertido!!!Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1160017991734655572006-10-05T00:12:00.000-03:002006-10-05T00:15:49.306-03:00FESTIVAL DO RIO (5ª PARTE)<strong><span style="font-size:130%;">Domingo documenta</span></strong><br /><br />O domingo passado foi só de documentários. Dois no total. O primeiro, muito bom, chamado Havana. Trata-se de um filme que fala sobre as ruínas de Cuba. Em meio aos velhos casarões de Havana antiga, uma crítica pesada ao governo de Fidel. Certamente o filme fará sucesso no mundo inteiro, exceto em Cuba, onde certamente sequer será exibido. O mais curioso é que ao final, durante o bate-papo com o diretor (Alemão, diga-se de passagem), ele revelou que precisou escrever diversos roteiros com enfoques diferentes para conseguir a autorização do governo cubano para filmar.<br />O segundo documentário do dia foi Estudando Cinema em Bagdá, uma reunião de quatro curtas feitos por estudantes de uma escola de cinema daquele país. Dos quatro filmes, dois são bons e os outros dois razoáveis. Nada demais.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1159421728856938032006-09-28T02:33:00.000-03:002006-09-28T02:35:28.866-03:00FESTIVAL DO RIO (4ª PARTE)Parecia tapete vermelho em noite de Oscar. Assim foi a pré-estréia do filme <strong><em>“O Cheiro do Ralo”</em>,</strong> protagonizado por Selton Mello. Todas as estrelas da constelação Globo marcaram presença, sem nenhuma baixa. Desde a protagonista de Malhação à estrela da novela das oito. Cléo Pires pegava uma fila imensa para ir ao banheiro enquanto seu namorado aguardava impaciente do lado de fora. Até a diva da axé music deu as caras. Ivete Sangalo chegou ao lado do namorado (??) e causou frisson entre os fotógrafos, que não estavam nem aí se o filme já estava sendo apresentado. Enquanto os produtores, o diretor e os atores subiam no palco para dar uma palavrinha, os flashs estavam todos mirados para Ivete. Mariana Ximenes sorria fazia pose para os paparazzi, Selton Mello dava todas as entrevistas possíveis, Paola Oliveira curtia o sucesso de ser a nova protagonista da próxima novela das seis e cumprimentava o Padre Pedro, ops... ou melhor.. Nicola Siri!!!<br /> Quanto ao filme, bom, poucas pessoas de fato viram o filme. A maioria estava ali na verdade para ser vista. Eu vi e gostei muito do resultado. Parece um pouco com o Quentin Tarantino na época de Cães de aluguel. O filme não tem um roteiro exatamente com uma história de começo, meio e fim. É apenas a história de um homem esquizofrênico, que trabalha numa profissão mais louca ainda e que tem uma sucessão de diálogos e situações non sense. É um filme que não tem que ser levado a sério. Se for entrar nessa onda é melhor não assistir. O melhor é ir para o cinema desarmado e se preparar para assistir algo que foge do real.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1159249822086417612006-09-26T02:46:00.000-03:002006-09-26T02:50:22.086-03:00FESTIVAL DO RIO (3ª PARTE)<ul><li>Bem que o Festival do Rio podia ter feito uma propaganda melhorzinha! Aquele comercial com tentativa de ser conceitual tá uma porcaria. O que salva é a trilha sonora e o slogan. De resto, tá um lixo. </li><li>Continuando na onda publicitária, a Secretaria das Culturas poderia também<br />investir em propaganda e colocar uma menos antiga do que a que está nos cinemas.<br />Aquele escola de samba desafinada e as imagens do Rio no início da década de 90<br />tá caidíssimo<br /></li></ul>Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1159249445464922152006-09-26T02:42:00.002-03:002006-09-26T02:44:05.476-03:00FESTIVAL DO RIO (2ª PARTE)Mais dois filmes nessa noite: <strong>Sonhos Com Shangai</strong> e <strong>4 Minutos</strong>. O primeiro é ingênuo demais e o roteiro não sustenta as duas horas de projeção. Além de não apresentar nada de novo. O outro é muito bom!!! A história de uma pianista alemã que é presa como assassina e dentro da cadeia passa a ter aulas de piano com uma senhora, que de alguma forma tenta inseri-la na sociedade.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1159162791028082842006-09-25T02:39:00.000-03:002006-09-25T02:39:51.040-03:00FESTIVAL DO RIO (1ª PARTE)Foi dada a largada para o Festival de Cinema do Rio de janeiro. A maratona começou na sexta-feira e vai até o dia 5 de outubro. Daqui pra frente meus comentários no blog devem girar só em torno desse acontecimento cinematográfico. Já garanti 28 ingressos e até o final do festival ainda tem aqueles filmes que não foram liberados e que chegam em cima da hora. Hoje é apenas o terceiro dia do festival, mas já assisti alguns filmes memoráveis. Acabo de assistir um chamado 15 anos, que é maravilhoso e que acredito, entrará em cartaz nos grandes circuitos. Também assisti um chinês “A Estrada” que foi show de bola. Ele mostra toda a mudança cultural da China desde a década de 1960 através da história de vida de uma mulher que apaixonada por um homem, mas se casa com outro. Uma história tocante. Outro filmes brilhante é Holly, história de crianças prostitutas do Camboja. É muito parecido com o nosso Anjos do Sol. Mas o brasileiro é superior. <br /><br />Os melhores: 15 Anos; Estrada; Princesas; Holly, De Ninguém<br /><br />Nem lá nem cá: Wood Stock; Uma coisa toda nova<br /><br />Bomba: Cessar-fogo (mais um filme Iraniano sem pé nem cabeça!)Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1158823422518611472006-09-21T04:22:00.000-03:002006-09-21T04:23:42.530-03:00E lá vamos nós...Acabo de ler a notícia que <strong>Cinema, Aspirinas e Urubus</strong> foi selecionado pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil na corrida pelo Oscar de filme estrangeiro em 2007. A decisão foi a mais acertada possível – Cinema, Aspirinas e Urubus é um dos melhores filmes nacionais das últimas décadas – mas me surpreendeu. Burramente, sempre indicamos filmes nacionais blockbuster para nos representar lá fora (com exceção de Cidade de Deus e Central do Brasil) e isso já provou não ser uma opção inteligente. Ano passado indicamos Olga e quebramos a cara. Em 2001 indicamos Carandiru, e nem mesmo os 5 milhões de espectadores empurraram o filme. Já concorremos com O Quatrilho e O Que é Isso Companheiro e foram mais duas bolas fora.<br />Ainda não faço a menor idéia de quem são nossos concorrentes a filme estrangeiro. Mas de antemão, já afirmo que essa foi a melhor decisão e que se não formos indicados ou não vencermos, pelo menos escolhemos o melhor filmes que poderia representar o Brasil. Cinema, Aspirinas e Urubus é honesto ao que se propões e é um filme autoral que consegue estabelecer um diálogo universal. Ele extrapola qualquer barreira regional. É um filme que se passa no nordeste brasileiro, mas que poderia ser qualquer outro lugar do mundo. Agora é aguardar e ver o resultado no ano que vem.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1158214731975040172006-09-14T03:14:00.000-03:002006-09-14T03:18:51.996-03:00A Elite da Tropa<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2064/2165/1600/imagem.0.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2064/2165/320/imagem.0.jpg" border="0" /></a><br /><strong>A Elite da Tropa<br /></strong><br /><em>É engraçado – engraçado e triste ao mesmo tempo – que até a linguagem dos bandidos e dos policiais corruptos vai ficando cada vez mais parecida.</em><br /><br /><br /><em>- Querem levar o baseado pra relaxar?<br /></em><br />Foi com essa frase que o policial se despediu do nosso carro. Ele guardou os 175 reais na carteira, bateu a porta do carro e antes de ir ao encontro de seu colega na viatura encostada a poucos metros, nos deu a última dica:<br /><br /><em>- Nunca saia com o carro tão cheio. Nós sempre damos batidas em carros com muitos jovens.<br /></em><br />Pois é, naquela noite comum de primavera no Rio de Janeiro nós quatro cumpríamos o ritual de milhões de jovens de classe média: bebida + baseado + amigos + policia.<br /><br />Depois de encher a cara em um botequim da lapa entramos naquela lata velha para despachar os amigos que moravam mais longe. No caminho acendemos um baseado no aterro do Flamengo, ali nenhum policial iria aparecer do nada. Na volta eu e Rogério queríamos queimar mais um antes de ir pra casa, mas vimos que a seda havia acabado. Paramos em uma banca de jornal, desci, e na volta, quando mijava num poste, um rapazola que não aparentava ter mais de 18 anos manjou minha rola. Ri, olhei pra trás, acenei pro Rogério e saí dando uma corridinha até o carro que se encontrava do outro lado da rua. Nos entreolhamos e decidimos oferecer uma carona ao rapaz,que àquela altura estava parado em um ponto de ônibus. Parecia inofensivo, tinha cara de bonzinho e ainda por cima era um gatinho.<br /><br />Fomos direto pro Arpoador. Preparamos um baseado e depois ainda fumamos um que o garoto trazia no bolso. Logo de cara me preocupei em saber a sua idade.<br /><br /><em>- 21 – respondeu o menino.<br /><br />- Menos mal – suspirei.<br /></em><br />Rogério estava inquieto, com medo de algum policial nos pegar no flagrante. Mas que nada, o lugar só tinha pescadores, mendigos ou homens fazendo pegação. Pouco tempo depois um catador de lata se aproximou e pediu um trago. Não exitei e estendi o baseado. Ele balbuciou algumas palavras incompreensíveis, só dando pra entender quando ele falou que o lugar era rodeado de policias que vira e mexe davam batida e arrochavam os jovens que iam pra pedra fumar.<br /><br />Quando percebemos que o papo pesou tratamos de sair de fininho. Não sem antes “dar um dois” e guardar a pedrinha que sobrou no bolso direito da calça enrolado em um daqueles sacos de guardar comida congelada.<br /><br />Menos de cinco minutos depois de deixar o Arpoador rumo a qualquer outro lugar onde pudéssemos terminar a noite, uma viatura da polícia nos mandou encostar.<br /><br />Eram dois policiais. Um branco, com os olhos claros, gordinho e com cara de mau. O outro negro, mais magro e uma cara típica de malando carioca. Este último era o bonzinho da dupla.<br /><br />Não demorou muito e o “bonzinho” encontrou a pedra malocada no meu bolso. Não tive nem como reagir. Parecia que aquela era a primeira vez que alguém me pegava fazendo algo completamente ilegal. O mauzinho se aproxima e faz aquelas perguntas de praxe: já fumou hoje? Qual sua profissão? Já tem passagem pela polícia? Blá, blá, blá!!! Anota meus dados em um talão e me lembra o quão enrolado estou a partir daquele momento.<br /><br />Rogério se aproxima e com a lábia de um excelente negociador inicia um diálogo com os policiais.<br /><br /><em>- Será que tem como aliviar? Nós não usamos todos os dias, já estamos voltando pra casa, foi um erro...<br /><br />- Mas são vocês, pequenos usuários, que alimentam o tráfico. E nós policiais é que tomamos tiro de bandido lá de cima.<br /><br />- Nós sabemos, nós sabemos. A situação da polícia é realmente difícil e nós estamos errados mesmo. Eu só queria saber se há a possibilidade de fazermos algo para que essa situação se encerre aqui e não tenhamos que ir à delegacia.<br /><br />- Você ta sugerindo o quê?<br /><br />- Não to sugerindo nada.<br /><br />- Pode falar!<br /><br />- Eu não quis dizer nada. Só queria saber se dá pra ir embora sem maiores complicações.<br /></em><br />A discussão continuou com o dia raiando e o policial tentando dar um tom importante e moralizador para todo aquele circo armado. Ele nos forçava a dizer a palavra suborno, não iniciava os lances, mas dava margem para que ela negociação prosseguisse. Naquela altura do campeonato já sabíamos que o lance era dar a grana para a dupla e torcer para que eles não nos obrigassem a parar num desses bancos 24 horas para sacar nosso dinheiro. Tínhamos mais medo da polícia que do próprio bandido.<br />Depois de alguns minutos de reunião o policial negro bonachão se aproxima e faz o lance final.<br /><br /><em>- Então junta os 175 reais e essa história acaba por aqui. Vou entrar no banco de trás do carro e vocês me passam a grana. Tem que ser rápido porque o dia já ta nascendo e daqui a pouco todo mundo ta vendo a gente das janelas.<br /></em><br />Atônitos e lúcidos após a alta carga de adrenalina injetada no nosso corpo não víamos a hora de despachar aquele carona inconveniente. Passamos o dinheiro e nos despedimos como se estivéssemos falando com um amigo que deixamos na porta de casa.<br /><br />Ele abre a mão e pergunta:<br /><br /><em>- Querem levar o baseado pra relaxar?<br /></em><br />No caminho de volta passamos o filme da situação que acabávamos de viver e ligamos os pontos. O negrinho que lá em cima nos pediu um trago e fez ameaças falando em nome de policiais na verdade era comparsa dos policiais que nos apreenderam. Ele havia dado a exata discrição dos policiais que rondava a região e não parava de se mexer um só minuto. Parecia acenar para alguém de longe.<br />Uma quadrilha formada por policiais e bandidos. Tudo num mesmo saco.Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30019152.post-1157348383595600882006-09-04T02:38:00.000-03:002006-09-04T02:50:45.320-03:00Amor e paixão by Martha Medeiros<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/2064/2165/1600/images[7].jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2064/2165/320/images%5B7%5D.jpg" border="0" /></a><br />Vejam como são as coisas! Na semana passada escrevi um post neste mesmo blog falando sobre a relação amor x paixão e suas peculiaridades. Não é que a escritora Martha Medeiros (sempre ela), esta semana, em sua coluna no O Globo nos presenteou com um texto que dá um ponto final nas minhas dúvidas e na de quase todos os mortais? Vejam só um trecho do texto:<br /><br /><em>“...Tem se falado pouco de amor, virou uma coisa meio piegas, antiga. Hoje cultua-se muito mais a paixão e demais sentimentos vulcânicos, aqueles que fazem barulho e estrago, que inspiram loucuras, que causam polêmicas, que atormentam, que dilaceram, que fazem as pessoas se sentirem, ora, ora, vivas. O filósofo romeno Cioran disse que é melhor viver em frenesi do que na neutralidade, e tem razão, vigor é algo de que não podemos abrir mão.<br />A questão é que nada é mais vigoroso que o amor, este sentimento que erroneamente relacionamos com comodidade e mornidão, tudo porque associamos amor ao casamento: este sim pode vir a se tornar algo acomodado e morno. O amor pega esta carona injustamente.<br />Amor não é unicamente o que aproxima um homem uma mulher (ou dois homens e duas mulheres). Amor envolve pais e filhos, envolve amigos, envolve uma predisposição emocional para o trabalho, para o esporte, para a gastronomia, para a arte, para a religião, para a natureza, para o autoconhecimento. Amor é um estado de espírito que nos move constantemente, é uma energia que não se esgota, é a única coisa que faz a gente se levantar de manhã todos os dias sem entregar-se para o automatismo, é o que dá algum sentido para este hiato entre duas mortes. Isso não é vulcânico? Ô...”</em>Fábio Amaralhttp://www.blogger.com/profile/14945137890127316987noreply@blogger.com1