Limpando a fossa

Pois bem, sabendo desse estágio de fossa em que se encontra meu amigo, não conseguia desligar meus pensamentos dele. E não é que a transmissão de pensamento funcionou e eis que estava eu com um grupo de amigos, quando ele apareceu. Assim, do nada. Como quem cai do céu ou brota da terra. Decidimos que era hora de sair da fossa. Não entendo porque quando as pessoas querem sair da fossa decidem encher a cara. E foi exatamente o que fizemos. Partimos os dois rumo à Lapa, berço da boêmia carioca e cenário perfeito para quem quer beber sem gastar muito e encontrar pessoas diferentes. Compramos duas garrafas de vinho das mais baratas e fomos bebendo pela rua. Em cada esquina arrumávamos um novo grupo de amigos. Passaram bêbados, velhos, crianças, viados, mendigos, travestis... tudo aquilo que a Lapa está acostuma a receber.
Bebemos. Bebemos até esquecer o motivo pelo qual estávamos bebendo. E rimos. Rimos de nós mesmos, rimos dos outros. E choramos. Mas choramos de alegria. Alegria de saber que sempre teremos um ao outro pra curtir uma fossa. Aliás, ontem entendi a expressão “curtir uma fossa”. Passei a noite curtindo uma fossa legal. Hoje Acordei com uma baita dor de cabeça, um enjôo infindável e um gosto de... fossa na boca!Me lembrei de quando era criança e via meu pai limpando a fossa da nossa casa nos finais de semana. Ontem limpamos a fossa em que se encontrava meu amigo. No lugar do sabão usamos vinho.
1 Comentários:
E não é que eu, "curtindo uma meia fossa" e passeando pelo google achei esse texto?! A-DO-REI!!!
Vivi
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